sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Medo

Eu sou aquele que anda pelos vãos à meia-noite.
Que some na escuridão do abismo sem retorno,
Quando me vêem já estou a cercá-los
Por todos os lados.
Se amedrontam, e fazem
Expandir seu medo por todo o cosmo.
Seus gritos e gemidos se tornam uivos hediondos.
Os rostos tristes e melancólicos trazem
Na figura as marcas da morte e da dor.
Seus passos são errantes,
Sua tez é escura como carvão esfregado
Em piso branco.
Sua voz esganiçada chama os lobos,
Seus lábios trêmulos e ferozes
Impunham-lhes medo e fazem seus cabelos arrepiarem
Até ao chão dos seus pés.
Em meio à madrugada saem às ruas
E sua sombra é mais que suficiente para espantar multidões.
Os dentes tão brancos e tão reluzentes
Brilham à quilômetros.
Atraentes, predadores, noturnos,
Saem em busca da sua energia.
Os cabelos longos e lisos
De um castanho avermelhado de doer os olhos.
Sua beleza e magnificência chegam ao pico
De um padrão extravagante.
Assim mudam, ora monstros, ora príncipes.

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